quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

assim também consigo ser crítico

Não confiem muito nos meus ratings no Good Reads, apercebi-me que dou classificações diferentes ao mesmo livro conforme a edição e o estado de espírito, mas é só por 1 estrela de diferença. Gosto muito da escala do Good Reads porque é assim:
 1- didn't like it
 2 - it was ok
3 - liked it
 4 - liked it alot
5- it was amazing
 É bestial. Em vez de ser uma escala de qualidade objectiva (sempre subjectiva, evidentemente) e de um gajo se esforçar por ser justo e pensar nas coisas, só temos de pensar em que medida o livro nos agradou. Uma estrela é a única classificação verdadeiramente negativa. Assim, tenho qualquer problema em correr o Ulysses, o Under The Volcano, o A La Recherche do Temps Perdu ou o Trópico de Cancer a uma estrela. Não gostei deles, nem os acabei. Não interessa o grau, se é 1 ou 2 estrelas. Por outro lado, certos livros que gostei muito não me causaram a sensação de It Was Amazing. Muitas vezes nem sequer são os melhores livros a provocar-me essas sensações. Aliás, nem sequer costumam ser livros a arrancar-me os it was amazing e a Plaft sabe o que quero dizer com isto. Consigo avaliar seja o que for com aquela escala. Depois hei de limpar a minha base de dados, retirando os duplicados. Não posso é fazer nada quanto às oscilações de classificações, especialmente entre o 4 e o 5. É assim, um tipo acorda e naquele dia parece-lhe que o Post Office do Bukowski foi amazing, no outro dia acha que só likou dele alot porque comparando com o Ham On Rye é nitidamente inferior e a escala deveria reflectir essa diferença. E depois corro tudo a foram amazings quando estou chateado com os intelectuais anglófilos. Não sei como é a escala dos críticos, os profissionais que dão classificações. Conheço um que trabalha para essas coisas e o sistema dele é tão complicado que não percebi nada do que ele me explicou. Mas a julgar pelas classificações que vejo, os críticos portugueses são pessoas felizes, gostam sempre muito do que lêem ou ficam maravilhados com o quão amazing a experiência foi.

3 comentários:

Espiral disse...

Opá adoro-te.

Tenho o mesmo drama.

E sentimentos de culpa de dar pouco a um suposto "intemporal" ou de dar muito a um que em geral é mal colocado. Como raio explico isso?

E sim, tem tanto a ver com os momentos.

Bah.

Anónimo disse...

críticos literários... nunca vos hei-de entender...

G. Varino disse...

já tentei ler o «Under the Volcano» praí umas três vezes, sem exagero... mas n consigo. o filme do john houston é excelente, no entanto. Passou-se o mesmo com o «Lunar Caustic»... axo k tenho um problema com o malcolm lowry.