terça-feira, 26 de outubro de 2010

O Hemingway a descrever sexo

ler o trecho seguinte ao som disto para um efeito condigno.

Moloko "The Time Is Now" from MARSHEEN on Vimeo.

Oh now, now, now, the only now, and above all now, and there is no other now but thou now and now is thy prophet. Now and forever now. Come now, now, for there is no now but now. Yes now. Now, please now, only now, not anything else only this now, and where are you an where and where is the other one, and not why, not every why, only this now, and on and always please then always now, always now, for now always one now (...)all the way now, all of all the way now, soaring now, away now, all way now, all of all the way now; one and one is one, is one, is one, is still one, is one dsoftly, is one longingly, is one kindly is ohe happily (...) 'Oh Maria, I love thee and I thank thee for this.' - for whom the bell tolls, Hemingway

Gosto especialmente do fim. "Oh Maria, amo-te muito, obrigados por isto." Ou, "Oh Maria, amo-a e agradeço-lhe este bocadinho que me dispensou".

(a propósito de sexo, há que de dizer que a Roisin Morphy oh la la como diria o francês do jogo online)

4 comentários:

Anna disse...

Hemingway não pára de me surpreender...
Do ponto de vista estilístico, diria que o efeito das repetições resulta muito bem em função do que pretende descrever.
A declaração final é que soa estranhamente deslocada... Acho que vou ter de pegar no livro e espreitar, nunca li esse...

A banda sonora dá-lhe o toque de mestre, de facto! :)

Peterofpan disse...

Toma lá um muito mais giro da Roisin Murphy:

http://www.youtube.com/watch?v=0_vCOOW_BsE

De nada!

Tolan disse...

So acho é que o Hemingway não é muito natural quando tem de lidar com o amor e as passagens acabam por cortar o ritmo. Por exemplo, esta cena ocorre na véspera do ataque final à ponte e nessa situação, estamos impacientes para ver o que vai contecer, impacientes demais para uma página de "now now now oh yes". Nem é a questão da "mulher", pois neste magnífico romance existe Pilar, uma experiente guerrilheira cigana que está soberba, cheia de contradições, defeitos, qualidades... Mas quando o Hemingway tem de lidar com a Maria, tal como no Farewell to Arms tinha de lidar com a enfermeira, as amantes do protagonista, há qualquer coisa que não me soa bem.

pedro b disse...

roisin murphy? gosto bem!