Tenho muitas saudades do senhor José Sócrates, porque quando era ele, a dívida pública até podia duplicar em seis anos mas as coisas pareciam muito melhores e nós não tínhamos estes problemas todos que apareceram subitamente com os 100 dias do Governo de Passos Coelho (coincidência...?)
Concordo inteiramente com o senhor António José Seguro, uma pessoa que muito respeito e tenho em elevada consideração. Isto foi o orçamento da recessão e está a afundar o país e é preciso é investimento público e salários e criar emprego.
Gostei muito de o ver demarcar-se do Orçamento e de agora ser uma oposição credível. Os comunistas também têm razão, como sempre aliás, há mais de 100 anos que têm razão e demonstraram-no sempre.
É preciso é o estado agir sobre o tecido produtivo e essas coisas, porque produzir e criar riqueza e empregos, é muito melhor do que estar aí a fechar empresas e a despedir pessoas.
Não sei como é que o Pedro Passos Coelho não percebe que cortar o subsídio de Natal e de férias é uma coisa que faz mal às pessoas, em vez de fazer bem... Não percebe que fazer cortes na Saúde e na Educação é uma coisa que dificilmente melhora a Saúde e Educação? E que ter Saúde e Educação é uma coisa boa? Então? Isto é tão simples de perceber.
É capaz de ser o primeiro ministro mais incompetente de sempre, não percebe o mesmo que os outros todos em 35 anos de democracia perceberam e que até o João Jardim percebe. Sinceramente senhor Passos, se está à espera de ganhar eleições assim, está muito enganado.
Então, num esforço de ajudar todos os cidadãos que compreendem estas verdades económicas, vou apresentar aqui um pacote de medidas concretas para tirar Portugal da crise rapidamente:
1) Criar empresas para contratar pessoas que estejam desempregadas (exemplo, criar uma empresa de relações internacionais para contratar pessoas de relações internacionais, criar uma empresa de economia para contratar pessoas de economia, criar uma empresa de filosofia para pessoas de filosofia etc.)
2) Criar projectos essenciais para o tecido produtivo.
3) Cortar na gordura do estado.
4) Poupar dinheiro em coisas que são desnecessárias (parece igual ao 3 mas não é, a gordura faz mal, a despesa desnecessária não faz propriamente mal, mas não é necessária).
5) Fazer investimentos criadores de emprego e riqueza em áreas estratégicas nacionais.
6) Apoiar o investimento com uma linha de crédito bonificada.
7) Congelar os despedimentos no sector privado para evitar a subida da taxa de desemprego.
8) Eliminar a pobreza.
9) Contratar alunos para os professores não colocados.
10) Apoiar e investir na Cultura.
11) Contratar público para os espectáculos e criações artísticas do ponto 10)
etc.
mais sugestões?
33 comentários:
gosto do ponto 11
Este post, para além de parvo, é reacionário.
Are you kidding me? Só pode...
Até me deu para rir, embora o assunto não seja propriamente engraçado...de facto com o Sócrates estava sempre tudo bem, não que eu acreditasse nisto, mas tb não sou fã de tragédias como esta governação do Passos!
Imprimir mais dinheiro... Isto dos países estarem falidos é estúpido. Se estão todos falidos, esquecem-se as dívidas e começa-se de novo...
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=gNu5BBAdQec#!
Dá vontade de chorar ou rir - ainda não me decidi...
Então e assim: os desempregados eram colocados nas salas de espectáculos e de museus citadas no ponto 10, aumentando o retorno feito na cultura.
Os desempregados além de um emprego tinham ainda a mais valia de investirem na sua educação (que gente bem educada é sempre bom)isto claro, com o apoio pedagógico dos professores não colocados que seriam destacados para esses locais com a missão de explicarem os conteúdos, criando assim um circuito fechado de Cultura/Emprego/Educação!
Que TAL?
Contribuí?
parvo. muito parvo.
ME essa ideia é muito boa... se se conseguir fechar um círculo, à semelhança do banco falido recebe dinheiro do estado a quem empresta, temos aqui uma rica ideia :)
Tolan, falas de boca cheia. Quando estiveres no desemprego (se alguma vez chegares a esse ponto) e sem qualquer perspectiva, espero que mantenhas o discurso...
não acredito que os leitores desde blogue não se tenha percebido que este post é uma sátira ao discurso maniqueísta e demagogo da oposição. É preciso fazer um desenho? Pela primeira vez desde o 25 de Abril, o governo está a encarar os problemas de frente - se as medidas para resolver esses problemas são as mais indicadas, isso já é outra história...
Acabar com a fome, descobrir a cura para a sida, o cancro e as unhas encravadas e obrigar os supermercados a vender mon chéris durante o ano inteiro. Para mim era suficiente. Ah, e proibir os jovens de se pentearem como o Cristiano Ronaldo.
Tolan, este post é patético.
e o WcPato além de perspicaz é burro.
Vocês é que são partéticos.
Então temos um PSD na oposição que diz que não há mais austeridade e que não se aumenta impostos e não sei quê e manda abaixo um governo de PS quando este apresenta um PEC IV (e não ia ser preciso um PEC IV, nem um V, nem VI, como não foi preciso um III ou um II...) Se calhar preferem assim vocês, à mijinhas. Na Irlanda há 3 anos já estavam a cortar os salários dos funcionários públicos em 15%.
Os papéis invertem-se e em três meses temos um PSD a aumentar impostos a um PS a dizer que é mau fazer isso e que não se justifica. Ó meus amigos... Tirem as palas ideológicas dos olhos. É evidente que há 2 estados, um em que um político lida com a realidade das contas e outro em que está a inventar na oposição. Agora onde cortar e como etc., tudo bem, é discutível.
em resposta ali ao anónimo de cima, as probabilidades de perder o emprego, desde que saí de um emprego estável no público por opção (é a única forma de um gajo sair quando tem um contrato vitalício etc.), são tipo de 85% devido à crise que rebentou com o meu sector.
é por isso que tenho ido ao brasil, a ver se a empresa consegue ir para outros lados menos maus. Se estivesse à espera de um governo ou dos vossos impostos para me salvar o emprego, era diferente, mas no dia que as minhas perspectivas dependerem de um governo, de políticos, emigro ou corto os pulsos. Boa sorte a todos.
Agora vejo que estão abespinhados porque o Passos parece que fez um corte maior do que o necessário e pelos vistos acham que fez de propósito e tal, porque quer perder as eleições... Burros. Eu vejo nisto, como vi no PEC IV do Sócrates, um dos únicos momentos em que um político é contrariado pelos factos, pela realidade, e é obrigado a vergar-se a ela e a tomar uma decisão impopular, mas que pelo menos introduz VERDADE porra. VERDADE. Estes cortes já deviam ter sido feitos em 2009 pelo menos. Mas não dá, porque as pessoas não compreendem: não há dinheiro. Já não há dinheiro. Nenhum. Nada. Está falido o país. Falido. Acabou. Acham que isto é a última pancada? se não voltarmos às senhas de racionamento, já me considero feliz. A falência total dos nossos bancos Argentina style é um cenário bem real. Tenho amigos que já tiraram dinheiro de bancos e meteram em cofres ou em casa. Outros mudam contas para a Suíça. Entretanto temos um filho da puta, que não tem outro nome, de um António José Seguro, a brincar à oposição, descartando num ápice a responsabilidade por anos e anos de governo PS em que a dívida duplicou, num momento em que a unidade nacional é a única coisa que nos safava de sermos uma Grécia paralisada pelos sindicatos que salivam por um momento utópico em que tudo estoire e colapse para revolucionarem a sociedade.
Tolan, o problema é exactamente esse. Neste momento, eu adorava estar na posição em que a Argentina esteve. Mas enquanto:
a) Produzirmos pouco (qual é a taxa de terciarização da nossa economia por comparação com a da Argentina?)
b) Não tivermos uma moeda própria
c) Tivermos uma candeia que nos ilumina - Grécia - que nos vai lixar a nossa solução (porque quando eles f* tudo, a nossa solução será sempre 2nd best
estamos lixados. basicamente é isso. estas medidas são fundamentais, mas são fundamentais num contexto em que preveja crescimento zero, pelo menos. O que era precisa era mais dinheirinho da troika para só voltar aos mercados mais tarde e ajustávamos mais devagar sem arriscar tanto no crescimento. Assim, basta-nos ver a nossa candeia. O problema não é só a falta de "vontade" política na Grécia, o problema é que a receita traz demasiada recessão e inerentemente, por mais que faças, o incumprimento dos objectivos.
No caso da Argentina, a recessão foi brutal. O pessoal ficou literalmente na miséria. Mas a economia sõ esteve em recessão dois anos e a partir daí foi sempre a cresecer a bom ritmo. Vês o mesmo a acontecer em Portugal? Eu não. E pior, todas estas medidas, vão ser completamente inúteis, as pessoas vão-se sentir defraudadas. Se me dissessem: dá-me metade do teu rendimento anual e nós saímos da merda e não te chateamos mais durante anos, eu seria o primeiro a entrar na lista de apoiantes.
Tolan, fizeste um texto crítico a qualquer oposição, como quem diz que o Passos está a fazer o melhor que pode e que os outros partidos são cegos, ou por incompetência ou por interesse.
Qualquer pessoa sem memória selectiva se lembra que o PSD foi oposição muito recentemente e que considerou o PEC IV um exagero e como tal, chumbou-o, porque o que era necessário era, cito-te, "criar projectos essenciais para o tecido produtivo, cortar na gordura do estado, etc etc".
Chumbando o PEC fez, com plena consciência e intenção, "stressar os mercados", fez cair um governo, fez campanha demagógica (a propósito) e agora lança medidas de austeridade que fazem o PEC parecer um 15o mês, e que até ver não contêm uma ideia de futuro. Estás a ver ali alguma estratégia económica? Não, o que ali está é o cumprimento de metas orçamentais de quem está a trespassar o país a terceiros sem ónus nem encargos. Sem economia, o que vai acontecer a seguir? Quem é que vai pagar impostos para as prestações sociais elementares? Se tu te consideras empreendedor e vais procurar mercado lá fora, vai dizer isso a um reformado, que quando o MSSS entrar em ruptura vais ter que ser empreendedor ao quadrado e sustentar directamente 3 desempregados e respectivas famílias quando te invadirem a casa. Eu pago o que for preciso, quero é que me apresentem um plano que não se baseie unicamente na chulice.
Ninguém acha que o Passos quer perder eleições, eu pessoalmente acho é que ele lá colocou um governo incompetente e em pânico.
Ok Zé, tudo bem, tens pontos muito válidos e outros também têm.
Eu pensava que sem o Sócrates agora seria possível e desejável um governo de salvação nacional ou um acordo de adultos.
Para mais, o contexto de hoje não é o mesmo de quando foi o chumbo do PEC IV. Penso que tanto o PS como o PSD já "conhecem a realidade", o contexto é bem mais cruel e objectivo e na altura do PEC IV não só tínhamos um primeiro ministro que não me parecia talhado para o que era preciso fazer (encarar a verdade e resolver o problema de forma decidida, em vez de ir de PEC em PEC a adiar) como também tínhamos uma oposição que queria o poder a todo o custo, dando a ilusão de que não seria preciso austeridade com eles.
Agora gostava que fossemos todos crescidos, uma vez que todos estão comprometidos. Os factos são o que são (excepto o Alberto João que justifica cada vez mais o fim do governos autónomos). O anónimo acima diz coisas acertadas, a questão do tempo, do exemplo da grécia e a imposição de medidas recessivas num contexto recessivo.
Parece-me que o "tempo" é aqui a variável mais importante. Estas medidas são todas de curto prazo e acredito que este governo está em pânico, como dizes, embora me pareça que o esteja por via de um contexto extremamente grave (mais grave do que o era o de Sócrates). Não é o único em pânico. Pela europa, tirando casos pontuais como o da Irlanda ou Islândia, multiplicam-se as hesitações e incertezas. Espero que a troika, a EU, o FMI etc. reconheçam pelo exemplo grego (que me parece condenado) que têm de optar e que não se fazem milagres de um dia para o outro.
O problema é que o PS já se demarcou deste orçamento e diz que já não é o memorando da troika. Eu veria no facto de ir mais longe que o memorando, uma coisa positiva. O governo reconhece que o plano da troika não é suficiente, sem ser preciso vir outra troika para exigir medidas a sério. Isso confere credibilidade e pode ser vital em diferenciar-nos da grécia. E apesar de não simpatizar nada com o sujeito inicialmente, tenho vindo a apreciar mais o estilo de Pedro Passos Coelho do que a negação ruinosa do Engenheiro José Sócrates.
A saída para isto passa por dois pontos:
1) demonstrar à europa que estamos comprometidos em reduzir brutalmente o peso do estado na economia e o endividamento.
2) convencer a europa de que precisamos de muito mais tempo e apoio para não induzir recessão.
3) que têm muito mais a perder se nos deixarem cair e sair do euro.
(3 pontos, disse 2, mas são 3 ah ha)
o contexto mais grave que vivemos foi o PSD que ajudou a criar. conheço o sócrates por relatos próximos e sei (é do conhecimento público) que o optimismo e confiança eram enganadores, na verdade partia de raiva um telemóvel todos os dias e despedia motoristas que hesitavam em enfiar o carro adentro do pelotão da meia maratona de Lisboa. mas cheguei a admirá-lo por mentir com todos os dentes se a intenção era esconder as mazelas do país às instituições a quem tinha que pedir dinheiro. é um vendedor. na verdade conseguiu-o sempre a preços bastante mais reduzidos por mentir acerca da situação real. agora levantámos as saias e já viram que afinal temos uma pilinha! mas nem por isso votei PS, por isso acho que não arrisco estar a parecer um fanático.
mas eu entendo o que queres dizer com "agora temos que ser adultos e deixar-nos de guerras partidárias extemporâneas", só que o PSD não o está a fazer e prova disso é ter adiado a apresentação do orçamento de estado para depois das eleições da madeira. acho isso escandaloso. a prova disso é também aparecer a dizer que descobriu um "desvio colossal" nas contas do anterior governo sem concretizar, claramente apenas para justificar medidas mais gravosas do que aquelas que anunciou em campanha, culpando disso o anterior governo.
tu sabes, e todos sabemos, que persegue o poder, QUER o poder. desde a monarquia. quem tem as rédeas, não é capaz de se limitar a gerir a instituição que governa. quer beneficiar, a si próprio, os amigos e os credores de favores. e 90% dos políticos no activo são carreiristas, não são genuinamente patriotas (por mal que isto soe). por isso apesar da conjuntura dantesca acho difícil que essa junta de salvação nacional possa de facto existir, nem o PSD a quis, se quisesse não fazia uma coligação com miúdos.
se isso nunca vai existir, tem que existir oposição, sobretudo em governos de maioria.
mas sim, a saída passa em geral por esses 2 pontos... só que já estamos em recessão, é preciso estratégia já.
12) Aumentar a qualificação profissional;
13) Eliminar o analfabetismo;
14) Melhorar o sistema de transportes no interior;
15) Aumentar o número de licenciados com licenciatura;
16) Prender os bandidos, libertar os inocentes e aumentar a eficácia da justiça;
18) Autonomizar o país em termos de produção agrícola e equilibrar a balança de pagamentos;
19) Descobrir petróleo;
20) Sexo oral todas as manhãs.
Desculpem, entusiasmei-me...
o post não é reacionário! bolas, não há pachorra, porque empregam esse termo ainda? get over it! eu sou (era) professor contratado, mas dadas as circunstâncias, decidi arriscar e candidatei-me a um mestrado em sig. não para mostrar o canudinho (já tenho uma), mas para tentar uma nova via (já trabalhei em produção cultural e dei aulas). por isso, não se façam de coitadinhos com o desemprego, etc. claro que é dramático nos casos de pessoas com 40 e tais, 50 anos, com escolaridade reduzida, mas pensar em pessoas com 25 ou 30 anos a queixarem-se de estarem desempregados? também estou, neste momento, mas estou a lutar pelo futuro em vez de ir a manifestações encomendadas. percebi a mensagem: "não há lugar para ti no ensino. not anymore." paciência, bye bye baby. até pode ser que volte a dar aulas, temporariamente, mas isso só para "ganhar algum", pois estou à procura de uma alternativa a sério. e isso tem um nome: mexermo-nos. e, apesar destas manifs todas, acredito que finalmente o eleitorado português poderá estar a deixar de estar basculado à esquerda, essa esquerda que traz abril na boca e que nos trouxe aqui. claro que também os governos cavaco têm culpas no cartório, por isso quando ouço o zombie dizer que é necessário produzir riqueza, depois do que aconteceu nos seus mandatos, me dá vontade de. já chega, já me doem as mãos.
e o Yanick.!? ninguém se preocupa com ele!?
pois, faz-me lembrar o joão vieira pinto quando saiu do benfica, numa conferência de imprensa quase a choramingar... "estou desempregado..."
o seu post é (e as suas respostas a comentários também)
- parvo
- infantil
- superficial
- não sustentado em dados
- demagógico
- irrealista
- cego.
de tudo, o mais estúpido que disse (ja engoliu bem a cartilha do ppc, hein?) foi: «1) demonstrar à europa que estamos comprometidos em reduzir brutalmente o peso do estado na economia e o endividamento.» se não fosse uma situação tao tragica, teria sido a anedota da noite.
vc é assim tao ingenuo? acha mesmo que se formos bons alunos, indo alem da troika, em medidas que a propria alemanha apelidou de draconianas, a europa vai bater palminhas de contente e vergar-se de admiração por nós? santa ignorancia... nao vai, sabe porquê? porque a europa, o fmi, o banco central, as agencias e os mercados SABEM aquilo que vc nao sabe ou finge que nao quer ver:
1. estas medidas vao lançar - tal como medidas semelhantes fizeram acontecer na grecia - o país numa tal recessao que NAO NOS SERA POSSIVEL HONRAR OS COMPROMISSOS COM A TROIKA E OS NOSSOS CREDORES, pelo que vao aumentar a pressao e as taxas de juro, nao diminui-las (como fizeram à grecia)
2. estas medidas quase já nao permitem margem FINANCEIRA para cobrir as desgraças que vão vir em sua consequencia directa - DIMINUIÇAO DE RECEITAS FISCAIS e AUMENTO DO DESEMPREGO - e indirecta - QUEBRA DE PRODUTIVIDADE E FALENCIAS, de empresas e de particulares, e muito menos para afzer face à situaçao economica, monetária e respectivas flutuaçoes, da europa e do mundo. pelo que vao aumentar a pressao e as taxas de juro, nao diminui-las (como fizeram à grecia).
este orçamento é criminoso, nao so pelo mal que fará ao país nos dois proximos anos, mas pelo mal que desde já causará ao país nas proximas DECADAS.
este orçamento nao é definitivo - nem 6 meses lhes dou para se irem meter tambem no SEU bolso (directamente, porque indirectamente já o estao a fazer, ou ainda nao reparou?), trabalhador na privada que é. a ele se vao suceder muitos e muitos pecs, como aconteceu na grecia, e veja o lindo resultado deles.
concordar com este orçamento é ser de vistas curtas e, essencialmente, anti-patriotico. nesse sentido, parece-me bastante logico e, essencialmente, muito bem, que vá viver para o brasil.
mas, pf, deixe de mandar bitaites aos que por cá ficarão a labutar para combater esta politica incompetente, imbecil e desastrosa.
sabes, sem-se-ver? ando a peidar-me tanto!
Tolan, o meu historial de reacção ao teu post: "o texto está engraçado, porque é que é que o pessoal está para aqui a comentar tão enfurecido?... não aceitam uma sátira?... olha um comentário do Tolan... mas...está a responder-lhes a sério... então... ohh...pronto... mais uma discussão daquelas de casa onde não há pão..."
...todos ralham e ninguén tem razão?!
Bem isto de facto está lindo. Tolan, subscrevo na íntegra o que dizes, nem mais um ponto, nem mais uma vírgula! Fico chocada é srs como o sem-se-ver atacar de forma tão entusiasta, mas nem se dar ao trabalho de apresentar alternativas.
Andámos anos!! a levar com areia nos olhos por esse FDP do Sr. Engº Sócrates (que até para ter um canudo teve que pagar uns favores) e ainda assim há lorpas que acham que antes é que estávamos bem! A varrer a merda para debaixo dos nossos tapetes!! Ora façam-me o favor e lutem!! Nao baixem os braços porque foi isso que fizemos durante anos de governação e não me refiro apenas às governações socialistas!!
senhora sem-se-ver, sff :)
ai... quer que apresente alternativas?
1. ouça TODOS os comentadores e economistas que estão de cabeça perdida com este orçamento (e hoje, veja lá, até o cavaco). a análise coincide com a minha (ou a minha com a deles), as alternativas apresentam-nas eles (e eu secundo-os).
2. medidas de revitalização da economia; de promoção da criação de emprego; pagamento do Estado das dívidas que tem às pequenas e médias empresas (pelo menos essas), usando-se parte dos 12 mil milhoes que, com a troika, vieram para capitalização; a outra parte, capitalizando a CGD, que, por sua vez, é a entidade credora de que mais dependem as pequenas e médias empresas
=>
melhorar a produtividade
diminuir a despesa do Estado: renegociando ou, em casos extremos, denunciando os contratos ruinosos com as ppp, algo que o ppd disse que ia fazer, e continua, com certeza, a estudar os dossiers; la même chose (the same thing, o mesmo) no que se refere a efectivos cortes nas empresas públicas, que passem por estabelecimento de tectos e prémios para gestores (se precisar ponho-lhe aqui uns quadrinhos com os salários MENSAIS de alguns deles); tributar as mais-valias e as operações financeiras (mais decididamente que esta 'mijinha' de que o OE fala); conter os custos com a estrutura ministerial (este governo já contratou mais gente e já aumentou mais as suas despesas do que o anterior). não provocando mais desemprego, como este OE vai provocar (a previsao é do proprio ministro das finanças - 13,4% no proximo ano, o que é dizer, mais do que isso porque tudo lhes vai correr mal - vide ponto 1), pois isso aumenta a despesa do Estado, por aumentar os custos com as prestações sociais.
precisa que eu continue?
é que, temo, estou a falar para surdos... será?...
abraço
(o anti-patriotismo é o de tolan. nao há sátira que resista a isso. e, tanto que nao era post armado em piadinhas, que ele mesmo respondeu, e bem seriamente, aos comentarios nesta caixa. nao brinquemos com coisas sérias, sim? porque o caso é grave e dramático.)
2.
sem-se-ver, estás enganada no fórum. Liga para a TSF, hoje está lá o Carvalho da Silva e tudo.
caro Tolan,
estava a ser bem-educada e a responder a alguém lá em cima que me interpelou directamente.
mas tiveste piada. largo-te.
(não resistindo, contudo, a deixar-te um título da imprensa de hoje:
«Ferreira Leite: Orçamento do Estado pode levar Portugal para uma "espiral recessiva"»
quem diria, ela de braço dado com o carvalho da silva... nesse ou em qualquer outro fórum.)
vamos todos fazer uma corrente de amor, algo que faça aquelas escoltas com bandeiras durante o euro2004 um ensaio de um qualquer teatro de rua.
isto parece não ter fim: é que passo os dias a comer castanhas (assadas, e principalmente cozidas) e laranjas, uma combinação explosiva que me obriga a estar o máximo de tempo possível ao ar livre. e logo agora que vêm aí o frio e a chuva.
a fazer fé no livro (cof cof) da carolina salgado, pior que eu só mesmo o pinto da costa.
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