Nunca fui à bola com a maneira de cantar da Amy Winehouse. É uma grande cantora, uma grande voz, seria idiota não o reconhecer, até para mim, mas não gosto da forma de cantar, para mim é o oversinging, como no cinema ou no teatro existe o overacting. Exagera e torna-se cansativo, para o meu gosto simples. É como se cada música fosse o pretexto para a técnica Amy Winehouse. Lá vai ela whinehousemizar mais uma música penso eu, sempre a que a oiço. É certo que na música popular, o playground vocal de excelência é a soul, por onde anda Amy Winehouse. A soul partilha com o blues ou o jazz as raízes negras, o sentimento genuíno mas tem uma componente pop que os dois primeiros géneros não têm: é de massas e destina-se a fazer o ouvinte, uma pessoa simples e chateada com a vida, sentir-se espiritualmente emocionada, comovida ou levitada.
Uma voz estrondosa que descobri recentemente foi a de Steve Marriott, vocalista dos Small Faces na interpretação (muito boa) do clássico You Really Got A Hold on Me do pretinho Smokey Robison.
Aqui num programa na tv alemã a interpretar o What You Gona Do About It e o Sha la La La Lee em 1966. Que power O_o !! e gravado ao vivo.
Olhem só para os filhotes dos nazis a dançar o rock todos contentes :)
4 comentários:
Porquê que diz "do pretinho SRobinson"???
Carla
Quanto à Amy, acho que tolanizaste um bocadinho.
Quanto ao resto, sinto-me espiritualmente emocionada, comovida ou levitada. Não és nada mau a desenterrar coisas boas. Um dia que já não queiras ser escritor, podes sempre ser um foxhound.
Tens toda a razão.
Aliás, basta ouvir uma das maiores vozes de sempre (a grande Ella) para perceber que o que nos deixa embasbacados é a quantidade de registos diferentes que ela tinha, desde o piano mais subtil e doce até às passagens poderosíssimas do tamanho do mundo.
A winehouse tem a sensibilidade de uma saboneteira. E demonstra-o sempre que abre a goela. :\
Eh eh eh. LQTM. ;)
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