domingo, 21 de novembro de 2010

"a violência das manifestações não foi a esperada"













































2 comentários:

Maria disse...

O que eu acho incrível é afirmarem que não têm nada a esconder e são pacíficos, mas depois escondem a cara, porque será? Baixa auto-estima, mau hálito? A dúvida persiste...


PS: Vendo bem as coisas, o Obama deveria ter coberto a dele, o look não o favorece!

Vareta disse...

Nas festas dos Matos era certo e sabido que destava tudo à cachaporra assim que alguém tombava uma candeia durante o baile, que era à noite. E a noite era escura, no campo, e tudo, homens e mulheres, novos e velhos, tudo molhava a sopa numa vertigem dionisíaca a que eles, mais prosaicos, chamavam "bubadêra". Se calhar, Lisboa não conheceu a catarse esperada porque havia muita luz.

E pouco vinho.

Mas nos Matos, nos Matos é que era. Fazia-se a Cimeira na Casa do Povo das Areias e um baile à noite, com o Gaudêncio na concertina. O Fernando da Rosa Padeira deitava uma candeia abaixo com o calcanhar e era tudo à varapauzada. Até o Obama, que bem podia nesse momento estar a descolar as bostelas das mordidas dos ratos na cabeça do Mário da Emília da Varanda, que nasceu um bocadinho diferente dos outros, se aprestava a levar uma bengalada do Américo Precatado, que gostava de as pregar com discrição e distinção, ali entre o lombo e a coluna. Um coro de Emílias, Alziras e Leontinas gritaria que acudissem e lá teria que vir o Tóino da Gertrudes com o Mercedes velho de máximos ligados, para que o choque da luz erguesse as almas da treva orgiástica em que até o Padre Artur... enfim, benza-me deus!