O que eu acho incrível é afirmarem que não têm nada a esconder e são pacíficos, mas depois escondem a cara, porque será? Baixa auto-estima, mau hálito? A dúvida persiste...
PS: Vendo bem as coisas, o Obama deveria ter coberto a dele, o look não o favorece!
Nas festas dos Matos era certo e sabido que destava tudo à cachaporra assim que alguém tombava uma candeia durante o baile, que era à noite. E a noite era escura, no campo, e tudo, homens e mulheres, novos e velhos, tudo molhava a sopa numa vertigem dionisíaca a que eles, mais prosaicos, chamavam "bubadêra". Se calhar, Lisboa não conheceu a catarse esperada porque havia muita luz.
E pouco vinho.
Mas nos Matos, nos Matos é que era. Fazia-se a Cimeira na Casa do Povo das Areias e um baile à noite, com o Gaudêncio na concertina. O Fernando da Rosa Padeira deitava uma candeia abaixo com o calcanhar e era tudo à varapauzada. Até o Obama, que bem podia nesse momento estar a descolar as bostelas das mordidas dos ratos na cabeça do Mário da Emília da Varanda, que nasceu um bocadinho diferente dos outros, se aprestava a levar uma bengalada do Américo Precatado, que gostava de as pregar com discrição e distinção, ali entre o lombo e a coluna. Um coro de Emílias, Alziras e Leontinas gritaria que acudissem e lá teria que vir o Tóino da Gertrudes com o Mercedes velho de máximos ligados, para que o choque da luz erguesse as almas da treva orgiástica em que até o Padre Artur... enfim, benza-me deus!
2 comentários:
O que eu acho incrível é afirmarem que não têm nada a esconder e são pacíficos, mas depois escondem a cara, porque será? Baixa auto-estima, mau hálito? A dúvida persiste...
PS: Vendo bem as coisas, o Obama deveria ter coberto a dele, o look não o favorece!
Nas festas dos Matos era certo e sabido que destava tudo à cachaporra assim que alguém tombava uma candeia durante o baile, que era à noite. E a noite era escura, no campo, e tudo, homens e mulheres, novos e velhos, tudo molhava a sopa numa vertigem dionisíaca a que eles, mais prosaicos, chamavam "bubadêra". Se calhar, Lisboa não conheceu a catarse esperada porque havia muita luz.
E pouco vinho.
Mas nos Matos, nos Matos é que era. Fazia-se a Cimeira na Casa do Povo das Areias e um baile à noite, com o Gaudêncio na concertina. O Fernando da Rosa Padeira deitava uma candeia abaixo com o calcanhar e era tudo à varapauzada. Até o Obama, que bem podia nesse momento estar a descolar as bostelas das mordidas dos ratos na cabeça do Mário da Emília da Varanda, que nasceu um bocadinho diferente dos outros, se aprestava a levar uma bengalada do Américo Precatado, que gostava de as pregar com discrição e distinção, ali entre o lombo e a coluna. Um coro de Emílias, Alziras e Leontinas gritaria que acudissem e lá teria que vir o Tóino da Gertrudes com o Mercedes velho de máximos ligados, para que o choque da luz erguesse as almas da treva orgiástica em que até o Padre Artur... enfim, benza-me deus!
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