O final do Confissão de Lúcio é bastante orilalilolelas. Já é o 3º livro consecutivo em que sou apanhado de surpresa. Os homossexuais são matreiros, fazem livros que em vez de estarem na secção "literatura gay" da fnac, ao pé dos guias Spartacus, de cozinha vegetariana e poesia, estão misturados com os outros, sem qualquer aviso. Primeiro foi Bullet Park do John Cheever, que não li depois de alguém ter lido a contra-capa por mim no emprego e ter depois lido a mesma contra-capa a todos os colegas. A contra-capa era bastante explícita na descrição. Mas a capa era tão bonita, não resisti, combinava mesmo bem com o pantone da minha casa decorada com tons de poeira do deserto do kalahari. Depois o Rebeldes do Sándor Márai, que não acabei (desisti na parte em que o velho actor gordo tenta beijar o rapazinho vestido de gaja que desmaia no palco). E agora o Confissão de Lúcio, que só mesmo no final atinge o 7 na escala de Liberace. Porque fui confiar num poeta? Eu sabia. Pelo menos ele foi inteligente e disfarçou tudo com a história de uma mulher pelo meio. Vê-se que tinha vergonha na cara e o outro também, que se matou no fim.
Hoje de madrugada comecei a ler o Farewell to Arms do Hemingway. Tudo aquilo é um zero na escala Liberace, é o Chuck Norris da literatura. A capa também é gira.
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