quinta-feira, 15 de julho de 2010
sonha querida
Quando tenho ciúmes, acusam-me de sentimento de posse. Dizem-me "tens de a deixar ir, se gostas dela" e "isso é o teu ego a falar". Claro que nunca ouvi isto de alguém que estivesse a viver a mesma coisa. Eu próprio já embalei dois amigos meus encharcados em lágrimas, roídos de raiva e ciúmes e ansiedades. Um deles nunca mais teve ninguém, já passaram 8 anos. Um tipo gosta de uma miúda ou não gosta. Não lhe peçam para aceitar que a vida dela continua. Isso é talvez naquelas sociedades evoluídas como na alta burguesia sueca ou dinamarquesa ou americana, swing de alto nível. Em tempos até pensei que esse seria o meu futuro, uma salvação para qualquer casamento e amor eterno. Quando a coisa esfriasse, recorria-se ao swing. Parecia-me uma saída evoluída, como a eutanásia por exemplo. Hoje rio-me dessa ideia.
Não gosto raparigas cuja inocência está destruída e são tão cínicas ou maduras ao ponto de perder toda a confiança e ingenuidade do amor eterno. É um pouco como uma tara que tinha (e tenho) por católicas devotas, aquela coisa fascina-me, eu não acredito porque não consigo, o que é diferente de não querer acreditar. Este disco é mesmo muito bom, é 1997 e só agora dei com ele, apesar de ser fã do Alan Vega pelos Suicide.
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2 comentários:
As católicas devotas ajoelham-se mais vezes que as outras. Deve ser por isso, não vejo outra razão possível.
Devotas não é bem o termo. Talvez só católicas.
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