quinta-feira, 18 de julho de 2013

estas férias de futebol estão a saber-me mesmo bem






(e só por alto e sem querer vi que o Benfica na pré-época conseguiu conceder um empate nos descontos quando vencia por 3-1 aos 90 a um clube francês qualquer)

6 comentários:

Mak, o Mau disse...

Ainda que jogos amigáveis do SLB, segundo jornais desportivos, mereçam uma atenção muito superior a qualquer feito impressionante noutra modalidade...

Scotex disse...

Embora eu seja um daqueles maluquinhos que fazem Ultras Maratonas, não percebo qual é o espanto de quem acha escandaloso o facto dos jornais desportivos não terem dado o destaque devido ao Carlos Sá pelo seu triunfo na Badwater. Mas vocês estavam à espera de quê? De uma foto do Carlos na primeira página d'A Bola? A verdade é que em Portugal não temos jornais desportivos; em Portugal temos jornais futebolísticos. Há que começar a chamar as coisas pelos nomes. Apenas isso.

Não há nada de errado em um jornal dedicar todo o seu espaço ao futebol. Nada contra. Trata-se de uma opção estratégica como outra qualquer. Agora não me venham é dizer que se trata de um Jornal Desportivo. Os Jornais ditos "Desportivos" têm tanto de desportivo como duas moscas a foder têm de atractivo (olha, rimou e tudo!). Será que estou enganado? Ou será que o burro sou eu?

Tolan disse...

Scotex, concordo e mesmo que seja uma opção estratégica consciente, é limitada Eu não leio jornais desportivos a não ser de borla nos cafés. Um dos ditos jornais desportivos podia diferenciar-se dos outros nestes pontos, ainda por cima em "época baixa", ainda por cima quando têm de inventar assunto para 7 dias por semana x 3 jornais com novelas intermináveis e ainda por cima quando este tipo de coisas não acontece sequer todos os meses... Nos cafés, restaurantes etc. fartei-me de ouvir falar no Carlos Sá, muita gente ficou curiosa e comentam o feito, pelo que acho que um dos jornais poderia conquistar o território do desporto e apelar a muito mais leitores. Aliás, não se compara a qualidade de um La Marca ou de um L'Equipe com os nossos três pasquins miseráveis.

Tolan disse...

é que nem de futebol são, às tantas... Então entre épocas, parecem a Caras ou a VIP do futebol ou aquelas revistas com os enredos nas novelas. E mesmo nisso, inventam à brava. Contradizem-se factualmente de um dia para o outro e, diz quem sabe e conhece bem a coisa, são fortemente controlados e manipulados por agentes de futebol, clubes etc. para promover ou despromover este ou aquele clube, este ou aquele dirigente...

Tolan disse...

perdão, queria dizer promover ou despromover jogadores. Isto é sabido. Aquela coisa do jogador ou do clube que diz "a mim ninguém me disse nada, ninguém me contactou" quando os jornais têm na capa coisas como "Inter de Milão interessado em Bruma" não é por acaso. Os jornais desportivos servem de classificados de jogadores etc. Enfim, um nojo.

Mak, o Mau disse...

Aqui há uns anos, os jornais desportivos não eram diários, salvo erro saiam até em dias diferenciados com excepção de fins de semana e segunda feira.

O nosso futebol não tem assim tanta matéria concreta e quando passaram a diários, pensei que isso garantiria (ainda que de forma marginal) um maior espaço para as modalidades, o que redundou em algo quase nulo.

Hoje em dia, especialmente fora de época, metade das matérias são para encher chouriços e são especulativas e nem quando existem acontecimentos bem maiores, as coisas se invertem.

Só em caso de medalha olímpica ou feito parecido é que algum atleta que não seja futebolista tem hipótese de ombrear na capa com qualquer feito/evento trivial ligado a um futebolista de um clube grande (sim, porque 65/70% de um jornal "desportivo" é sobre os três grandes).

Obviamente um jornal com maior equilíbrio entre futebol e modalidades não é comercialmente viável em portugal mas, especialmente online, os jornais especializados deveriam ter olhos mais abertos a outras matérias que, como dizes e bem, põem os portugueses a falar e geram curiosidade sobre outros desportos.

Só que, mesmo a nível de planeamento, existe a preguiça do conforto de "o futebol chega e sobra".