terça-feira, 7 de dezembro de 2010

a mãe de todas as missões

Visto que vou ser revelado em breve pela WikiLeaks, achei que me devia adiantar e tomar a iniciativa de divulgar isto. Trabalhei durante 14 anos como duplo agente espião do MI6 e da CIA na Rússia, no Irão, no Iraque, na Coreia do Norte e no Luxemburgo. O meu modus operandi envolvia sempre a aproximação e, no caso das mulheres, sedução, de altas patentes militares e governamentais destes países. Fui colega de trabalho de espiões tão famosos como o Ice King, Fire Fox, Tornado Stud e Solid Metal. O meu nome de código era Fluffy Panda.

Sempre fui contra o meu nome de código mas diziam-me que eram gerados aleatoriamente e que não podíamos escolher o nosso. Primeiro, aproximava-me da vítima pelo chat do facebook dela com likes em tudo o que fizesse. As minhas fotos, sempre fictícias, davam-me o ar de ser uma pessoa sociável e importante.

A minha foto no hall of fame dos espiões do MI6

A CIA, o MI6, ajudavam-me a ser amigo de pessoas influentes e inacessíveis, como o Cristiano Ronaldo. Se o George W. Bush postasse uma foto de uma arma de destruição maciça no iraque, eu comentava “obviously fake! Lol!” ao que ele respondia “chiney’s been busy doing us some photoshopping ;)”
Se o Bin Laden, no facebook group Axis of Evil, publicasse uma foto das torres gémeas a explodir com tags de todos os que colaboraram no atentado (Mohamed Atta, Waleed al-Shehri, Wail al-Shehri, Abdulaziz al-Omari, Satam al-Suqam) e com o título “para os do meu coração” eu fazia like e comentava "better not poke you Binie, you might explode lol!"

Era frequente atrair mulheres em elevados postos de comando, mulheres que viviam em estados de outro modo inacessíveis e que se sentiam atraídas por pessoas com sentido de humor e sem escrúpulos. Com subtileza, conseguia encontros com mulheres como a Chan-Sook, a mulher a dias do Kim Jong, ou a Veronika Zemanova e a Eva Wyrwal, o grande par de assassinas de Vladimir Puttin.

Queria retirar-me e levar uma vida sossegada, humilde, a coberto de outra identidade.

Mas há uma semana o telemóvel Hello Kitty tocou e ele só toca nos momentos mais graves. Era o Manuel Luís Gouxa, conhecido por Flamboyant Rainbow e já desmascarado pela WikiLeaks, o chefe de operações em Portugal. Deu-me mais uma missão. Esta é talvez a mais perigosa de todas. A mais perigosa mesmo. Sei que tenho inimigos no MI6. Isto deve ser obra do Ice King e do Fire Fox, por causa do meu lugar de estacionamento. Não quero falar muito nisso. O meu tempo é curto, tenho de fazer preparativos. Talvez nos voltemos a ver.

7 comentários:

Tolana-inha disse...

Tolan, estes filmes que de vez enqdo "postas" revelam a gaja que há em ti...

Sairaf disse...

Acho que andas a ver demasiado o Panda Ku Fung e a fumar demasiado bambu!!!
Tem cuidado... ou não.

Andorinha disse...

Este texto é excelente. Parabéns Tolan, já me ri à grande.

A Puta Educada disse...

Tola, este texto deu-me cabo da tolan!!!

manuel a. domingos disse...

fónix!!!

Cuca, a Pirata disse...

Não precisas de te comprometer publicamente. Mas envia-me por mail o nome disso que andas a tomar. Também quero! Ou se quero!

patrícia disse...

Muito bom o texto! :D