terça-feira, 28 de agosto de 2012
lição
Vocês não disseram nada sobre as fotos que tirei (na realidade são stills de filmagens que fiz) e demonstraram enorme desconsideração pelo perigo a que me submeti para as fazer e partilhar com vocês, urbanodepressivos, que nunca viram o interior de uma onda a não ser em fotos do género que ignoraram também quando as viram e assim sucessivamente. Tudo bem. Continuem assim, a ir aos centros comerciais e a ver televisão e a ser de esquerda ou direita. Entretanto li o Paralelo 42 do John dos Passos. É muito bom. É o primeiro volume de uma trilogia e vou ler o resto. Depois logo faço a minha crítica apurada. Cometi o erro de ver um telejornal, talvez o primeiro dos últimos 6 meses, e apanhei aquilo da privatização mista da RTP proposta pelo relvas e prontamente contrariada pelo Seguro que, ao melhor estilo cacique argentino, diz que nacionaliza aquela merda logo a seguir. Grande macho latino.
Não devia ter visto o telejornal, sou como um lobisomem, vejo estas merdas e é tipo lua cheia quando saímos do lux às 5 da manhã, transformo-me em taxista palrador. Há pessoas, mesmo jornais de suposta referência que dizem que a RTP dá lucro e tudo, quando custou ao estado mais de 3.8 mil milhões de euros nos últimos 10 anos e recebe a maior parte das receitas de impostos e taxas na factura de electricidade pagas por nós. É que é daquelas coisas que eu... eu... Este governo é uma espécie de sandes mista de merda e queijo. Não deixa de ser de merda, apesar do queijo. O Seguro é só merda mesmo, mas não interessa, nunca ganhará uma eleição, com aquela cara de palonço manhoso. Não volto a ver telejornais. Só terei notícias de Portugal quando me baterem à porta para me prenderem por chamar palonço manhoso a alguém da política e assim. Filhos da puta.
Mudando de tema, no outro dia apanhei uma tão grande que, ao sair do lux, não sei que merda fiz mas disse ao taxista para me deixar um quarteirão antes da minha casa porque já estava farto de o ouvir a chamar pelo Salazar. Nisto desoriento-me e começo a andar na direcção exactamente oposta à minha casa. Não vos sei explicar o que foram as duas horas que demorei até encontrar o caminho. A Plaft diz que eu lhe liguei e ela tentou falar comigo e depois eu terei enviado um sms a dizer "estou a ver o santo antónio". Andei por descampados, bairros sociais, fui perseguido pelo segurança de um hospital (não estou a gozar, eu não fiz mal nenhum, apenas me limitei a saltar um muro que me parecia estar entre mim e a minha casa e depois sai um gajo de um casinhoto num portão a dizer "hei, hei lá" e eu reagi como os pretos no COPS e desatei a correr), pedi informações a taxistas e esqueci-me delas segundos depois andei, andei, o sol a nascer, e eu não reconhecia a cidade, as ruas, não fazia puto de ideia de onde estava, por fim desisti e chamei um táxi de novo e o gajo diz-me "foda-se, isso é já ali atrás", andámos 1 minuto e era já ali atrás. Cheguei a casa já de dia e quase chorei ao meter a chave na porta. Que isto vos sirva de lição.
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8 comentários:
A minha relação com o álcool é proporcional á que tenho com os vários notciários: quase inexistente, mas de vez em quando apetece uma bejeca...
A mim aconteceu-me o mesmo na sexta-feira passada (que tecnicamente já era sábado há algumas horas)... mas depois de sair do Black Tie (0 0)... é um bar dançante, mas nunca lá dancei. prefiro ficar sentado a beber scoth adulterado. a última vez que lá fui jurei que não voltava lá. na sexta-feira passada (que tecnicamente já era sábado há algumas horas) voltei a jurar. foda-se não volto a por lá os pés.
a culpa do que me aconteceu na sexta-feira passada (que tecnicamente já era sábado há algumas horas), obviamente que não foi minha. passei a semana toda a ouvir o noticiário da TVI24 em que uma jornalista loira e bastante jeitosa ..pivot...apresentadora... ou o caralh... repetia a palavra "pussy" 20 vezes por dia...
mas também frequento este blog várias vezes e tenho vindo a reparar que isto é só gajas...das intelectuais... sem ofensa hãa...!!
ass: anonimal
olha tolan, por acaso reparei nas fotos e percebi que eram stills por causa do nome dos ficheiros (sim, cliquei-os para os ver melhor, porque gosto muito da natureza e o caralho), e pensei em perguntar-te se era uma goPro só para parecer entendido em câmaras que podem ir à máquina, mas depois percebi que só estava a comentar para alguém reparar em mim hoje que não saí de casa porque estou doente e lembrei-me que quando comento um blog é raro obter resposta e por isso até tenho evitado comentar no meu e fui para o facebook ler frases inspiradoras. mas agora obrigas-me a comentar contrariado, só para não pensares que eu vou a centros comerciais quando estou doente.
As opções que tomas quando procuras a tua rua com os copos são uma boa metáfora das que opiniões que tomas termos políticos.
Zé, é uma gopro sim senhoras.
acho que não vai servir de lição. somos incorrigiveis e gostamos de aventuras urbanas, depressivas e que,eventualmente, envolvam santos pelo meio.
Ri muito!
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