«O Brasil de hoje não justifica isso [juros altos]. Os bancos não podem continuar cobrando os mesmos juros para empresas e para o consumidor, enquanto a taxa básica Selic cai, a economia se mantém estável e a maioria esmagadora dos brasileiros honra, com honestidade, os seus compromissos", afirmou a presidente na noite de ontem (madrugada de hoje em Lisboa).
Rousseff disse ainda que a economia brasileira só será "plenamente competitiva" quando for feita a redução dos juros para produtores e consumidores e quando as taxas se equipararem às praticadas no mercado internacional. » - DN
O Brasil conseguiu a proeza de criar uma bolha imobiliária (e não só) com taxas de juro superiores a 10% e com uma banca comercial ainda num estado semi-primitivo. Podem acompanhar aqui http://www.bolhaimobiliaria.com/. Enquanto a economia "cresce", não se vê grande crescimento estrutural. O Mundial de futebol, pago a peso de ouro para cumprir prazos irrealistas, é simbólico e familiar. A rede de transportes é de 3º mundo, a burocracia e leis favorece a corrupção generalizada, preparam-se para aniquilar a Amazónia com o novo Código Florestal, os impostos são draconianos, as medidas ultra-proteccionistas estrangulam a concorrência das empresas brasileiras nos mercados internacionais e o fosso entre ricos e pobres não pára de crescer. Mas o problema, dizem eles, é o crédito que não é barato que chegue. É isso aí.
2 comentários:
Ai temos o Brasil a sofrer um pouco de Dutch disease...
que bonito ensaio sobre a economia brasileira, bons argumentos, boas fontes, bem justificado.
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