segunda-feira, 20 de junho de 2011

ronery, I am sooo ronery


Eu compreendo-te Nobre, amigo, eu compreendo. Eu também disse que não seria apenas "mais um escritor" e que se fosse apenas mais um escritor renunciaria ao cargo de escritor embora saiba que isso não é bem verdade e se calhar até fico contente com um livro impresso e fazer aquelas conferências culturais e debater livros num palco em frente a uma plateia de gente a esforçar-se por ver elevação naquilo tudo. Somos fracos. É estúpido não é? Uma pessoa está sossegada a fazer aquilo que sabe e todos gostam de nós e depois vai e por orgulho, por missão, por uma qualquer angústia que nos faz pensar que os outros precisam de nós, o país inteiro (quiçá o mundo!), mete-se numa aventura a pensar que os caminhos se vão abrir todos e que as pessoas nos vão compreender e depois ninguém quer nada connosco e somos um empecilho tão grande que mesmo num acordo entre dois partidos de direita somos a única coisa que fica de fora. E de longe, quando comparados com deputados ou escritores portugueses, até parecemos piores do que eles, o que se nos afigura como a pior humilhação possível visto serem precisamente estes os homens que considerávamos fazerem mal aquilo que nós saberíamos fazer muito melhor. Resta-nos a consolação que, com o tempo, com a nossa morte e o desaparecimento da nossa pessoa, nos vão ver de outra forma e reconhecer o nosso génio e pedir desculpa pelo quão injusto Portugal foi connosco, como foi com o Camões por exemplo. É possível que isto seja uma triste ilusão mas é indiferente porque, como estamos mortos, não somos confrontados com isso. Espero que encontres conforto nestas palavras.
Abraço

4 comentários:

Jibóia Cega disse...

:D

I. disse...

:D
He will not be fucking busy.

Pedro Góis Nogueira disse...

Tolan, nem a brincar... :D

blimunda disse...

agora é que ele pode começar um blogue :)