Se me dissessem, quando tinha 10 anos, que um dia a tecnologia iria evoluir ao ponto de me pedir para "provar que não sou um robot" como sucede nas caixas de comentários... provavelmente acreditava sem grande dificuldade, pois lia muita ficção científica. Em qualquer caso, é estranho ter de fazer pequenos testes como reconhecer palavras escritas de forma quase ilegível, números em fotos desfocadas e resolver pequenas operações aritméticas para provar que não somos uma máquina.
Sente-se uma tensão entre duas forças, de um lado os tais robots (neste caso de spam) que se tornam cada vez mais complexos e evoluem no sentido de consegui fazer o que nós conseguimos e, do outro, as defesas e testes que os informáticos humanos desenvolvem para se defenderem dos robots que outros informáticos desenvolvem.
Prevejo um futuro em que as nossas campainhas de prédio necessitarão de dispositivos para nos proteger dos jeova bots e ciber-vendedores de tv cabo...
*dling dlong*
Boa noite. Já é cliente Meo?
4 comentários:
São realmente estranhas as formas que assumiram os primeiros testes de Turing e é inesperado que sejam aplicados de forma tão maciça a tantos seres humanos. Poder-se-ia esperar que fizessem perguntas sobre o sentido da vida ou outras questões filosóficas profundas mas constata-se que muita gente não saberia responder ou que seria fácil usar clichés. Acaba por ser embaraçoso concluir que, à primeira vista, o que nos distingue dos robots é esta capacidade de reconhecer padrões e/ou de saber a tabuada.
Quando penso em robots só me lembro de uma cena do Quinto Elemento de Luc Besso, em que o padre está num bar no aeroporto a desabafar com o barman sobre aquilo que pensa da Leelo (Milla Jovovich tão brutal que ela era nesta altura) e a resposta do barman (um robot) era "you want some more".
Ser barman é fácil, é só saber o que o cliente, enche-se o copo e recebe-se o dinheiro. Até uma máquina o faria. Ou não?
Um aparte gostei dos textos e da tua escrita, vou passar a seguir o Tolan.
*Luc Besson (um gajo aqui a ir buscar referências francesas e depois falha no nome)
Ui... se o que nos distingue dos robots passa por saber a tabuada, estamos mal... ( bem, não falo por mim... que a interiorizei às colheradas...)
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