segunda-feira, 15 de abril de 2013

erase and rewind

Como os mais atentos repararam, havia aqui um post sobre coisas da crise e troikas que entretanto apaguei. Fiquem sabendo que o original tinha o dobro do tamanho (havia uma segunda parte e tudo). Agradeço à a.i. e à Pipoca Mais Picante os comentários. Às vezes tenho de escrever certas coisas por impulso e depois acho-as bastante incompletas e fico a remoer na cabeça e volto aqui e faço correcções e não saio disto. Não é que ache os textos maus ou discorde de mim mesmo passado cinco segundos, o que se passa é que eu próprio às vezes não sei muito bem o que penso e utilizo os textos para lá chegar. Ainda há pedaço (gosto desta expressão de familiares meus algarvios) dizia a uma pessoa que não gramo o António Costa e fui procurar um texto meu para o comprovar. De facto, o meu texto era crítico, mas resumia-se à sua irrelevante participação na Quadratura do Círculo e começava por dizer que "eu até gosto do António Costa" ou uma merda assim, o que só prova que as coisas cá na cabeça se vão construindo pelos sentidos e destruindo pela cerveja, num permanente processo iterativo.

4 comentários:

jj.amarante disse...

Assim parece batota, andei eu à procura dum texto para contestar uma parte do post etéreo e quando chego aqui já ele se evaporou! Mas mesmo assim deixo o link para um post em que a Maria João Pires me citou: http://jugular.blogs.sapo.pt/247855.html (Only wet babies like change), referindo ainda o comentário mordaz (como frequentemente) do Luís M.Jorge a esse texto. Constato aliás que este tema do(a)s wet babies poderá ser interessante de abordar no "olá, pai".

Anónimo disse...

Ainda está por provar essa afinidade com a cerveja e o álcool.
R.

Tolan disse...

jj, o texto tinha muito por onde contestar. Talvez poste hoje a 2ª parte e depois a apague! Aproveitem depressa :D

Anónimo disse...

O texto anterior era inconsistente mas honesto e de acordo com o estrebuchar da direita, visto que:
«Há mais de dois anos, os líderes europeus têm forçado os países em dificuldades, como Portugal, Espanha e Itália, a aceitar um cocktail de austeridade fiscal e reformas estruturais, prometendo que este será o tónico certo para curar os seus males económicos e financeiros. Mas as evidências mostram que esta medicina amarga está a matar o paciente. (...) Era claro, desde o início, que a austeridade económica (cortes na despesa pública e no Estado Social) e as reformas estruturais (flexibilização das leis laborais e privatização das empresas públicas) não poderiam ser concretizadas em simultâneo num contexto de profunda depressão. E essa realidade dolorosa está em curso, sem fim à vista. (...) Os líderes europeus vão ter muita dificuldade em admitir que a sua escolha foi errada. Mas deveriam perceber que prosseguir na estratégia actual significa minar a confiança no euro e no próprio projecto europeu. E se eles deixam que essas dinâmicas se tornem ainda mais fortes, será bem pior para todo o continente, e não apenas para os portugueses ou os italianos.»

The New York Times, O remédio amargo da Europa (editorial de 14 de Abril)