Eu não sou ciumento Plaft, o que eu sinto é indignação. Desculpa ter-te trancado no quarto ontem quando fui trabalhar, mas só lá ficaste 5 horas porque acordaste às 11:00 e a empregada chegou às 4 e até foi ela que limpou a pocinha de chichi que deixaste no canto do quarto (curiosamente, o canto do lado onde eu durmo) por isso não te queixes tanto. Nem sei se foi por causa daquilo do café com aquele ou do outro que é teu ex e são amigos. Senti-me apenas indignado. Todos os homens da tua vida de preparação para me conheceres me suscitam uma espécie de pena, mas é aquela pena que irrita, como aqueles ciganos romenos que vestem os coletes falsos da CAIS e andam a pedir nos semáforos ou dos putos gordos de óculos que levam nas trombas na escola. E isso é um sentimento exactamente oposto ao da insegurança. Tenho um ego à prova de bala. Eu não sei o que é sentir-me inseguro, excepto aquelas vezes em que vou ao lado de um monhé no avião. Admito que ver os teus olhos verdes pela primeira vez me deixou um pouco nervoso, mas o sentimento dominante foi adrenalina, como só a pupila de uma onda glacial num dia de inverno me proporciona. E isto é tudo relativo. O desafio de um homem pode ser o parque infantil de outro, o que importa é sentir medo e mesmo assim avançar.
E a propósito disso, miúda, a pequena elite de homens perante os quais eu sinto, desde pequeno, humildade no sentido masculino, não é a dos poetas, artistas, beldades, actores porno bem dotados ou ricaços, mas sim aqueles que arriscam a vida com estilo nos elementos naturais.
Vou-te dar um exemplo de um homem pelo qual tu até podias ficar toda embeiçada que eu compreendia e de certa forma, até me resignava de forma apática.
O Nathan Fletcher, aqui projectado pelo ar expelido do tubo da onda mais pesada de sempre.
Aquilo, menina, aquilo é um Homem. Aquela onda de agosto de 2011 é considerada a mais pesada de todo sempre. A maior foi a do Garret na Nazaré mas nisto não conta só o tamanho, também conta a espessura, como bem sabes. Compara o tamanho da do Nathan com o tamanho da minha, aquela que eu apanhei no Lagido, na praia norte do Baleal. A minha devia ter uns dois metros. Nem viste, estavas a ler sossegada. Se fosse uma do tamanho da do Fletcher até arregalavas os olhos quando a visses. Eu aceito isso. Nem mesmo a cicatriz de espinho de ouriço do mar que tenho no indicador da mão direita te impressiona. Aquilo dói-me às vezes, sabes? Faz um calo de xis em xis meses. É incomodativo e eu aguento.
Fica aqui com o video do Nathan. Sei que quando te mostro estas coisas me dizes "acho uma estupidez, não queria que tu fizesses aquilo, tinha medo que morresses" mas é precisamente isso que eu gostava que tu me dissesses, sem ser quando estou para mudar uma lâmpada do candeeiro sem desligar o quadro e tu vais a correr desligar o quadro.
7 comentários:
Tolan, os homens são desajeitados a expressar sentimentos, e apesar de que o eu leio aqui me deixar sempre embasbacada de prazer, hoje superou-se com uma das mais bonitas declarações de amor ! Lindo!
Oi? Lagido? Baleal? Estou lá quase todas as semanas e estou a ver o mar.. Tanto dentro da ilha (no café central) como no parque de estacionamento da mais conhecida Gigi, Direitinha ou CBS. Conheces?
Aliás, deves surfar lá com o conhecido Lélé!
Eu não conheço ninguém e vou lá desde 1986 :)
Mas M. Costa, por favor ajuda-me: aquilo às vezes tem grandes dias de praia não tem? Não está sempre vento ou nevoeiro pois não? Uma rapariga, digamos, que não queira ser esfoliada por areia ou morrer de hipotermia, tem belos dias de praia não tem? É que até agora a Plaft tem tido um bocado de azar. Da última vez nem dava para ver o mar da praia, por causa do nevoeiro.
Nathan Fletcher, faz-me um filho!
E diz ah Plaft que ha que insistir. O melhor bronzeado da minha vida foi adquirido numas ferias que passei no Baleal. There's hope!
Tolan, preparado para o campeonato?
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