segunda-feira, 12 de março de 2012
tropicalia
Hoje na cidade frenética de São Paulo rebentou granizo e uma trovoada monstra com arranha céus em pano de fundo. Abriguei-me num boteco onde bebi uma cerveja. Caiu dilúvio bíblico de trinta minutos que não arrefeceu o calor húmido nem um pouco (amanhã deixo a gravata sossegada na gaveta). As ruas transformaram-se em rápidos e os carros correram mais lentos até a civilização fazer uma breve pausa. Serviu para me lembrar em que continente estou. Isso e a vegetação, verde escura e cerosa, que cresce por onde pode e retesa as fibras com a chuva, como se a cidade fosse um combate contra o chão fértil e misterioso povoado de fantasmas de índios que se esgueiram pelo asfalto e o betão. A luz do crepúsculo é muito bonita, depois de uma chuvada assim. Limpa o ar da poluição intensa e do pó e tudo brilha com muita nitidez.
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ResponderEliminarCaro Tolan, até fica mal a um ateu fervoroso usar a palavra bíblico tantas vezes.
ResponderEliminarCordiais cumprimentos.
Assim ate fico com saudades dos meus dias em S. Paulo... essa selva urbana e não só :)
ResponderEliminarJoana
"são as águas de Março
ResponderEliminarfechando o Verão"
- adoro a força bruta desses momentos de dilúvio. E esse ar limpo que sobra no fim da chuva.
cerveja ou chopp?
ResponderEliminarOh que saudades de são Paulo... Nunca pensei dizer isto glup
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