Compreendo que a industrialização dos processos de fabrico do pão e dos bolos possa retirar um bocado da mística do ofício de padeiro ou pasteleiro e eventualmente padronizar os bolos - acabam por ser todos iguais em todo lado. É sempre o raio do palmier simples, com creme, pastel de nata, queque, caracol, bola de berlim etc. em qualquer porra de pastelaria da cidade (o tédio é de tal ordem que é visível que as pessoas quando têm de escolher, ficam horas a olhar para a vitrine sem se conseguirem decidir). Mas não compreendo como isso se faz à custa de uma degradação significativa da qualidade.
O croissant com chocolate é para mim o barómetro de qualidade de uma pastelaria / café. Começam por cobrir o croissant de uma nojenta camada de açucar brihante e peganhento, para o bolo ter bom aspecto na vitrine, mesmo ao 2º ou 3º dia. Depois, são ocos, a crosta é pesada, massusda e o chocolate é uma pasta açucarada que está abaixo do próprio tulicreme.
Não consigo comprar bom pão em nenhum supermercado da cidade. O chamado "Pão de Mafra" ou "Pão Saloio" é patético e fica duro ao fim de um dia. Os pães integrais ou de sementes, assemelham-se cada vez mais aos pães do tipo Panrico ou Bimbo. Espero sinceramente que o Starbucks apareça e rebente com boa parte disto. O que está abaixo do padrão que estabelecem (por exemplo, hamburguers do McDonalds) vai ao ar. Sobrevivem os que estão acima.
Há uma padaria excelente, com pão que efectivamente dura, na Graça, mesmo em frente ao Quartel de Sapadores. Costuma ter fila à porta :)
ResponderEliminarE acho que é a única. Tem uns bolos e um pão de Mafra que é de bradar aos céus (pelo menos tinha há 2 anos atrás, espero que ainda tenha).
Detesto Starbucks e pão do Continente, Jumbo e afins...
ResponderEliminarA pastelaria da minha rua tem os melhores croissants de chocolate do mundo.
ResponderEliminarTambém me é difícil encontrar bom pão. E bons bolos. Embora tenha tudo muito bom aspecto.
ResponderEliminarComo quase tudo o que tem muito bom ar à primeira vista, vai-se a ver e afinal...